Se você já ouviu alguém dizer que seu leite é “fraco”, respire fundo. Essa afirmação, além de equivocada, pode gerar angústia desnecessária em um momento tão delicado como o puerpério. A boa notícia? Leite fraco não existe. E a ciência está aqui para provar.
O que é o leite materno?
O leite humano é um alimento vivo, dinâmico e perfeitamente adaptado às necessidades do bebê. Ele muda de composição ao longo da mamada e também ao longo dos dias, semanas e meses. No início da mamada, o leite é mais fluido, rico em água, lactose e anticorpos. Já no final, torna-se mais denso, com maior concentração de gordura, o que ajuda na saciedade e ganho de peso do bebê.
De onde vem o mito?
A ideia de “leite fraco” costuma surgir quando o bebê chora muito, mama com frequência ou não ganha peso como esperado. Mas esses sinais não indicam problema na qualidade do leite. Podem estar relacionados à pega incorreta, ao ritmo próprio do bebê, ou até à falta de apoio à mãe. Segundo a Fiocruz, até mães com desnutrição leve ou moderada produzem leite de excelente qualidade.
🔍 O que diz a ciência?
• Não existe leite fraco. O leite materno contém todos os nutrientes e fatores imunológicos necessários para o desenvolvimento saudável do bebê2.
• A produção de leite depende da demanda. Quanto mais o bebê mama, mais leite é produzido. É a chamada “lei da oferta e da procura”.
• Alimentos como canjica, mingau de aveia e maior ingestão de líquidos não aumentam a produção de leite. Esses são mitos populares sem respaldo científico.
E se o bebê não estiver ganhando peso?
Antes de pensar em complemento ou fórmula, é essencial buscar orientação especializada. Bancos de leite humano, consultoras de amamentação e profissionais de saúde capacitados podem ajudar a identificar o que está acontecendo: seja uma pega inadequada, um freio lingual, ou apenas uma fase de adaptação.
Acolhimento é parte do cuidado
Na Easymama, acreditamos que informação é poder, mas acolhimento é cura. Se você está se sentindo insegura, cansada ou sobrecarregada, saiba que não está sozinha.
A maioria das mulheres é capaz de produzir leite suficiente para nutrir seus bebês, mas sabemos que há situações em que a produção pode ser afetada por fatores hormonais, emocionais ou pela falta de estímulo adequado. Nesses casos, o apoio certo faz toda a diferença.
O leite que você produz tem valor, tem potência, tem afeto. E mesmo quando há desafios, o vínculo que você constrói com seu bebê é insubstituível. Com orientação especializada, rede de apoio e informação de qualidade, é possível encontrar caminhos que respeitem você e seu bebê.